2007-05-22

colombo

T. ... aquele edifício ali está fechado há mais de 20 anos. não deitam abaixo nem constroem nem fazem nada...
P. se calhar estão à espera de que o terreno se valorize...
T. não é isso. há ali é problema qualquer com a câmara. os herdeiros são muitos,não se entendem. um é pobre o outro rico. a câmara queria comprar por uma bagatela... é que aquilo ali puxa, ali é preço de ouro.
P. mas o senhor sabe quem são?
T. sei. a senhora sabe que a obra do colombo esteve embargada dois anos?
P. não sabia...
T. pois esteve, dois anos. é que lá no meio havia um terreno que era meu. o dono comprou o terreno a um indivíduo que o vendeu como se fosse tudo dele. ora 674 metros quadrados, mesmo no meio, eram meus ... que eu comprei a uma velhota. e fez-se a escrita pois está claro...
P. mas como é que o senhor descobriu?
T então nesta profissão ... começo a ver as fundações no meu terreno - os gajos estão a construir naquilo que é meu! liguei logo para ao meu advogado e o advogado embargou logo a obra. eu tinha a escritura dos 674 metros quadrados e o outro vendeu aquilo que era meu. o dono do colombo não tinha qualquer problema, comprou e pagou a 65 contos o metro quadrado. o outro gajo é que teve de devolver-me a mim, a 174 contos o metro quadrado... o construtor ainda tentou continuar a obra fora daquela zona mas mal começava a trabalhar era logo embargado. foram dois anos.. tanto que o dono teve um prejuízo enorme.
P. pois, calculo.
T. a senhora consegue escrever em andamento? a caneta deve fugir de vez em quando...
P. malzote... mas olhe, o que eu lhe digo é que se o sr. não tivesse reparado nas fundações era agora dono de uma bela loja mesmo no meio do colombo...
T. o mal foi eu não ter deixado construir... já dava uma grande embrulhada. e também, já estou como diz o outro, sete palmos de terra chegam...

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