T. está a ver estes portugueses?
P. quais?
T. então não viu como aquele carro se meteu à nossa frente? a senhora que trabalha na universidade deve conhecer os portugueses...
P. não sei se conheço. mas pode ser que ao volante os nossos instintos venham ao de cima...pelo menos é o que se diz.
T. não, acho que não é isso. eu uma vez - eu vivi 32 anos na suiça - há alguns anos, mesmo aqui neste sítio, neste marquês, fui atrás de um que se atravessou à minha frente ...
P. mas chocaram?
T. só não chocámos porque eu consegui travar a tempo... fui atrás dele, pela duque de loulé acima, e meti-me à frente dele...vi logo que ele era imigrante na suiça.
P. mas como é que conseguiu ver isso?
T. percebia-se tão bem. ele até era imigrante noo meu cantão. e sabe o que é que ele me disse quando eu lhe perguntei se guiava assim na suiça? que se limitava a fazer cá o que toda a gente fazia...
P. e o que é que se faz de diferente cá?
T. é tudo. lá há respeito. os condutores, as autoridades. até os peões. a senhora não vê as pessoas aqui nas passadeiras?
P. pois é, se a gente não avança os carros não páram...
T. sim nalguns casos. mas muitas vezes são as pessoas que atravessam de qualquer maneira. e ainda nos olham com uns olhos... como se nos quisessem fazer não sei o quê, como se fossem donos sei lá de quê. e as coisas não são assim...lá na suiça, as crianças aprendem na escola que quando se chega a uma passadeira se deve sorrir. dá-se na escola, vem em todos os livros. ensina-se logo aos miúdos que primeiro se olha, para um lado e para outro, e depois se sorri... e aqui o que é que se ensina? nada...
1 comment:
pois é, um pouco verdade, pouco ou nada se ensina. deliro com estas conversas pois etsou a ver tudo........há um R a meio, que é de resposta, creio, do P, ou não?
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